O mapeamento afetivo é baseado em uma construção grupal, espaçada e introspectiva, que está imersa em memórias. Para atender a essas condições, o projeto foi estruturado em quatro momentos consecutivos de (1) rever, (2) relaxar, (3) relembrar, (4) reconstruir e (5) refletir. O projeto piloto experimentou o mapeamento afetivo como uma ferramenta para melhorar e melhorar a preparação para desastres, bem como políticas e processos de reconstrução.
Pre-workshop
Localidade e ActoresO local onde foi realizado o piloto foi a sede da Raízes em Movimento, no Complexo do Alemão, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Esta organização está a trabalhar nas instalações há mais de 15 anos e tem como lema promover perspetivas de vida a partir das potencialidades humanas. Este lugar destaca-se pela importância da espacialidade no projeto de mapeamento afetivo e quanto os métodos participativos são importantes para lhe dar voz, comunicar as nuances do território e vivenciá-las. Os participantes da oficina são líderes comunitários, que atuam como mediadores em momentos de desastres ambientais. Articular ações emergenciais no território, comunicar-se com a população, com doadores, trabalhar nas respostas em nível local. Nem tudo faz parte do Raízes em movimento, mas eles trabalham lado a lado com a ONG, sendo este um espaço de referência na comunidade.
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Conceitos chaveRever: Por meio de um vídeo antes e depois do desastre, o objetivo era revisar e provocar.
Relax: Foi explicada a proposta do mapeamento afetivo, ou seja, a reconstrução emocional das experiências vividas e convidadas a entrar em contato com as emoções, por meio de um relaxamento coletivo.
Lembre-se: Por meio de fotografias, foi proposto um momento de reflexão individual e expressão pessoal. Com uma atividade artística, os participantes foram convidados a expressar as vivências e vivências daquele território em mapas afetivos individuais.
Reconstruir: o mapa coletivo foi feito identificando as ações realizadas durante e após o desastre, por sua vez refletindo nas narrativas, tanto da mídia quanto das pessoas que vivenciaram o desastre.
Refletir: Foi feita uma reflexão final sobre a própria atividade que conseguiu construir emocionalmente as experiências individuais e coletivas do território.
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Próximos passosCom base neste piloto, recomenda-se que os próximos passos e projetos tenham como foco o encontro coletivo e comunitário, buscando atividades que convidem as pessoas a se sentirem em um lugar seguro e aberto para ouvir diferentes experiências a fim de realizar uma reconstrução coletiva. de cada espaço, trazendo aspectos que foram percebidos, mas talvez não discutidos pelo grupo antes, tanto reconhecendo os impactos quanto pensando em soluções e caminhos futuros. É também considerado um instrumento político para uma possível articulação com o mapeamento de áreas de risco já realizado por entidades governamentais, mas que não fazem parte de um reconhecimento do território à escala local; poder considerar o conhecimento produzido pela comunidade, unindo as duas escalas de reconhecimento de risco e reconstrução, para respostas mais eficazes, sustentáveis e democráticas.
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